quarta-feira, 2 de maio de 2012

3º Ano: Análise Sintática


Objetivos da Análise Sintática
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período.

*        Essenciais Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e predicado nas orações.

ü  TIPOS DE SUJEITO:

- Sujeito Simples é aquele com só um núcleo. (Quem descobriu o Brasil?)
- Sujeito Composto é aquele que tem mais de um núcleo. (O rapaz e a moça estavam namorando.)
- Sujeito Elíptico (ou oculto) é aquele não expresso e que pode ser determinado pela desinência verbal ou pelo contexto.
         Levantarei cedo. (sujeito oculto: eu)
- Sujeito Indeterminado é aquele que existe, mas não podemos ou não queremos identifica-lo com precisão.
Quando o verbo está na 3a pessoa do plural, sem referência a nenhum substantivo anteriormente expresso.
Anunciaram a morte do governador.
- Oração sem sujeitoé formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal 

a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer.

Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.

b) Verbos serestarfazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Não a vejo  anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)


ü  PREDICADO


Predicado Nominal: O núcleo é um nome (predicativo do sujeito). É formado por verbo de ligação+predicativo.
Predicado Verbal: O núcleo é um verbo. Logo, não apresenta predicativo. É formado por verbos transitivos e intransitivos.
Predicado Verbo-Nominal: Há dois núcleos (um verbo e um nome).Logo, é formado por predicativo com verbo transitivo ou intransitivo.


*        Integrantes: Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por: complemento verbal - objeto direto e indireto; complemento nominal; agente da passiva.


ü  Complementos Verbais: Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles:

1) Objeto Direto: É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.
Por Exemplo: Abri os braços ao vê-lo.

O objeto direto pode ser constituído:

a) Por um substantivo ou expressão substantivada.
Exemplos:
O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b)  Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.
Exemplos:
Espero-o na minha festa. / Ela me ama.

c)  Por qualquer pronome substantivo.
Exemplos:
Não veio ninguém à aula hoje. / O menino que conheci está lá fora. / Onde você leu isso?

2) Objeto Indireto: É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos.
                 Exemplos:
Não desobedeço
a meus pais.
Objeto Indireto

Preciso
de ajuda. (Preposição clara "de")
Objeto Indireto

Enviei-lhe
um recado.
(Enviei a ele - a preposição a está subentendida)
Objeto Indireto



*        Acessórios: Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São representados por: adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto.

Sobre os Termos Acessórios
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses  termos:
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.


A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima:
Por Exemplo: 
Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.


Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
Por último, analise a frase abaixo:
Fernando Pessoa era português.


Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.

Puxa! Cansou, né?!
Beijos e bom estudo.


sexta-feira, 23 de março de 2012



Um bom final de semana! S2

2º ANO: Características do Romantismo.

Olá pessoas.
Como a teoria foi comentada em sala de aula, disponibilizo exercícios extras para vocês.


Vamos exercitar!



1.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,

É pela virgem que sonhei...que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

(Álvares de Azevedo)

A característica do Romantismo mais evidente nesta quadra é:

a) o espiritualismo
b) o pessimismo
c) a idealização da mulher
d) o confessionalismo
e) a presença do sonho


2.
Minh’alma é triste como a rola aflita
Que o bosque acorda desde o albor da aurora,
E em doce arrulo que o soluço imita
O morto esposo gemedora chora.

 A estrofe apresentada revela uma situação caracteristicamente romântica. Aponte-a.

a) A natureza agride o poeta: neste mundo, não há amparo para os desenganos morosos.
b) A beleza do mundo não é suficiente para migrar a solidão do poeta.
c) O poeta atribui ao mundo exterior estados de espírito que o envolvem.
d) A morte, impregnando todos os seres e coisas, tira do poeta a alegria de viver.
e) O poeta recusa valer-se da natureza, que só lhe traz a sensação da morte.

 3. Assinale a alternativa que traz apenas características do Romantismo:

a) idealismo – religiosidade – objetividade – escapismo – temas pagãos.
b) predomínio do sentimento – liberdade criadora – temas cristãos – natureza convencional – valores
absolutos.
c) egocentrismo – predomínio da poesia lírica – relativismo – insatisfação – idealismo
d) idealismo – insatisfação – escapismo – natureza convencional – objetividade.
e) n.d.a.


4. De acordo com a posição romântica, é correto afirmar que:

a) A natureza é expressiva no Romantismo e decorativa no Arcadismo.

b) Com a liberdade criadora implantada no Romantismo, as regras fixas do Classicismo caem e “o poema começa onde começa a inspiração e termina onde esta termina.”

c) A visão de mundo romântica é centrada no sujeito, no “eu” do escritor, daí a predominância da função
emotiva na linguagem do Romantismo.

d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

e) Nenhuma das alternativa está correta.


GABARITO:

1.C
2.C
3.C
4.D

3º ANO: Uso do "QUE" e do "SE".

Olá gurizada.


Como a teoria vocês já possuem, eis alguns exercícios extras.



1. Relacione a primeira coluna com a segunda.


(1) Conjunção Subordinativa 
(2) Pronome Reflexivo.
(3) Pronome Apassivador 
(4) Índice de Indeterminação do Sujeito. 
(5) Partícula Expletiva ou de Realce 


(        ) Solange considerou-se culpada. 
(        ) Precisa-se de operários especializados. 
(        ) Nunca se sabe se ele vai chegar cedo ou não. 
(        ) A platéia riu-se das piadas do apresentador. 
(        ) Ali ainda se viam grandes florestas. 







2. No período "Avistou o pai, que caminhava para a lavoura", a palavra que classifica-se morfologicamente como:
a) conjunção subordinativa integrante
b) pronome relativo
c) conjunção subordinativa final
d) partícula expletiva
e) conjunção subordinativa causal









GABARITO:


Exercício 1: 2; 4; 1; 5; 3.
Exercício 2: B

1º ANO: Texto Narrativo.

Olá pessoas.

Para resumir a aula da semana, pode-se dizer que um texto narrativo é aquele no qual é contada uma história, através de um narrador, que pode ser personagem ou observador.

Estrutura

Um texto narrativo geralmente é organizado da seguinte forma:

* Situação inicial: Os personagens e o espaço são apresentados.
* Estabelecimento de um conflito: Um acontecimento modifica a situação apresentada e desencadeia uma nova situação a ser resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos.
* Clímax: Ponto de maior tensão na narrativa.
* Epílogo: Solução do conflito, o que nem sempre significa um final feliz.

Entretanto, uma narração é bem livre e pode ser organizado de formas diferentes, dependendo do estilo de texto.

Vamos Exercitar!

História estranha 


Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e…
O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!


(Luis Fernando Verissimo, Comédias para se ler na escola)


1.A estranheza dessa história deve-se, basicamente, ao fato de que nela: 


a) há superposição de espaços sem que haja superposição de tempos.
b) a memória afetiva faz um quarentão se lembrar de uma cena da infância.
c) a narrativa é conduzida por vários narradores.
d) o tempo é representado como irreversível.
e) tempos distintos convergem e tornam-se simultâneos.





As próximas questões referem-se ao texto a seguir, extraído do sexto capítulo de Quincas Borba (1892), de Machado de Assis (1839-1908).


“Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.”


(ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 648-649.)


2. Nessa passagem, quem fala é Quincas Borba, o filósofo. Suas palavras são dirigidas a Rubião, ex-professor, futuro capitalista, mas, no momento, apenas enfermeiro de Quincas Borba. É correto afirmar que a maneira como constrói esse discurso revela preocupação com:


a) A clareza e a objetividade, uma vez que visa à compreensão de Rubião da filosofia por ele criada, o Humanitismo.
b) A emotividade de suas palavras, dado objetivar despertar em Rubião piedade pelos vencidos e ódio pelos vencedores.
c) A informação a ser transmitida, pois Rubião, sendo seu herdeiro universal, deverá aperfeiçoar o Humanitismo.
d) O envolvimento de Rubião com a filosofia por ele criada, o Humanitismo, dada a urgência em arregimentar novos adeptos.
e) O estabelecimento de contato com Rubião, uma vez que o mesmo possui carisma para perpetuar as novas ideias.


3. (UEL) Com base nas palavras de Quincas Borba, considere as afirmativas a seguir:


I. As duas tribos existem separadamente uma da outra.
II. A necessidade de alimentação determina os termos do relacionamento entre as duas tribos.
III. O relacionamento entre as duas tribos pode ser amistoso (“dividem entre si as batatas”) ou competitivo (“uma das tribos extermina a outra”).
IV. O campo de batatas determina a vitória ou a derrota de cada uma das tribos.


Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.




GABARITO:


1) C
2) B
3) B

terça-feira, 6 de março de 2012

1º Ano: Fonologia - Parte I


FONEMA
   A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz") e loglogia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz".  O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
   Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras:
amor - ator
morro - corro
vento - cento
   Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra

1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra representa o fonema /z/ (lê-se ).

2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
Exemplos:
    zebra
    casamento
    exílio
3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar:
    - o fonema : texto
    - o fonema :  exibir
    - o fonema chê: enxame
    - o grupo de sons ks: táxi
4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.
Exemplos:
tóxicofonemas:/t/ó/k/s/i/c/o/letras:t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 71 2 3 4 5 6
galhofonemas:/g/a/lh/o/letras:g a  l h o
1 2  3  41 2 3 4 5
5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos:
    compra
    conta
Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem.
Veja ainda:
    nave: o /n/ é um fonema;
    dança: o não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n.
6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.